domingo, 5 de julho de 2009

5 de Julho: grande dia pa nôs terra

Volvidos trinta e quatro anos após a independência Cabo-Verde é um país de rendimento médio com um Produto Interno Bruto Nominal de cerca de 2479 dólares e um Indice de desenvolvimento Humano elevado na ordem de 0,722 ( 3ª posição em Àfrica no ranking mundial) segundo os dados do Banco Mundial e da Organização das Nações Unidas. E já estamos a caminhar a passos largos para o nível de rendimento médio superior - 3256 dólares.
Em 2009, ano em que a economia mundial sofreu uma grande recessão o Banco Central de Cabo-Verde estima um crescimento da economia nacional na ordem dos 5 ou 6%. O País tem défice orçamental controlado e dívida pública controlada.
O turismo e a imobiliária turística afirmaram-se como o motor da economia. As receitas do turismo representam actualmente mais de 20% do PIB.
Cabo-Verde tem estabilidade política, económica e social que lhe permitiu granjear credibilidade a nível internacional e melhorar os índices de competitividade.
A parceria especial com a União Europeia foi uma opção inteligente. Um país pequeno, insular, e sem recuros naturais que nem Cabo-verde precisa inserir-se na economia mundial para poder se desenvolver e precisa de estabelecer parcerias estratégicas com grandes àreas económicas.
A adesão à Organização Mundial do Comércio exige a modernização da nossa economia, o aumento da produtividade e da competividade das nossas empresas.
A graduação a País de Rendimento Médio impõe prudência na gestão da coisa pública. Com esse estatuto vamos perder muitas regalias que tínhamos enquanto País Menos Avançado. Temos de aprender a andar com os nossos própios pés. A nossa economia cresceu muito mas ainda é muito frágil e se não adoptarmos políticas rigorosas corremos o risco de arrepiar caminho.
O desemprego em 2008 situou-se em 17,8%. É ainda um desemprego elevado e precisamos reduzi-lo a um dígito. Para combatermos o desemprego temos de alterar estruturalmente a nossa economia. Temos de produzir mais e exportar mais. Aliás, uma verdadeira inserção na economia mundial passa por mais exportação. Penso que a médio e longo prazo a via da exportação é o melhor modelo de crescimento e desenvolvimento para o País.
A insegurança, o tráfico de droga, o combate à pobreza são os grandes desafios que ainda temos pela frente. E decerto vamos vencê-los todos.
O dados mostram que as pequenas economias se desenvolveram ou por causa de recursos naturais abundantes ou porque apostaram no turismo, nos serviços financeiros e de negócios. O Luxemburgo, o País com o PIB per capita mais elevado do mundo de cerca de 99.104 mil dólares é um exemplo paradigmático.
O nosso próximo desafio é tranformar Cabo-Verde num País desenvolvido.

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